Trajetos de pára-arranca prolongados podem ser problema para a regeneração dos filtros de partículas?
Sim. Quando a unidade de controle do motor deteta a necessidade de uma regeneração ativa, conta que o condutor conduza a velocidade superior a 60 km/ hora. Se condutor parar ou baixar de velocidade, a regeneração não acontece. Se a regeneração não acontecer durante duas tentativas de 15 minutos, o nível de partículas no filtro sobe para 50% e a luz avisadora do filtro de partículas acende no painel de instrumentos.
O que fazer neste caso em que a luz avisadora acabou de acender?
O que aconselhável é conduzir o carro a velocidade superior a 70km hora de forma a poder queimar as partículas acumuladas. Se não apagar deve-se consultar um especialista.
O que acontece se continuar a conduzir com a luz acesa?
A luz normalmente fica acesa acima dos 55% de acumulação de partículas dentro do filtro. Se ignorar a luz e continuar a conduzir a velocidades não apropriadas para a regeneração, a fuligem irá continuar a acumular até que aos 75% outras luzes no painel de instrumentos se vão acender. A partir de agora deve imediatamente dirigir-se a uma oficina.
E se não o fizer?
Vai acabar por danificar o filtro de partículas irremediavelmente, sendo necessária a substituição por um novo.
O carro pode deixar de andar?
Sim. Os gases vão ter cada vez mais dificuldade em passar pelo filtro o que vai causar uma contra pressão exagerada no motor, causando assim perda de rendimento e um consumo elevado de combustível. Em último caso o motor deixa de funcionar.
E no caso do grupo Peugeot/Citroen e nalguns modelos Ford que usam aditivos?
A queima das partículas acontece a uma temperatura inferior +-500ºc e por isso consegue-se que o filtro regenere a velocidades mais baixas.
Pode acontecer que em condução em autoestrada em carros equipados com filtros com aditivos que a regeneração não aconteça?
Pode. Se fizer muitos trajetos em autoestrada em sexta velocidade.
Porquê em sexta-velocidade?
Com a sexta velocidade engrenada a rotação do motor é baixa, o que pode fazer com que o motor não atinja a temperatura ideal.
Nestes casos o que fazer?
Fazer uma condução numa mudança inferior durante alguns km para a temperatura dos gases de escape aumentar.
Há casos em que uma regeneração forçada já não possível?
Em muitos casos este tipo de regeneração já não é possível quando o nível de partículas existentes no filtro de partículas é elevado e carro tenha entrado em modo de segurança ou já não se consegue por sequer o carro a trabalhar.
Há risco de incendio numa regeneração forçada?
O risco de incendio é real, pois o sistema de escape vai ter que gerar temperaturas a rondar os 600º para poder efectuar a queima da fuligem. Cuidado, portanto, onde e quando esta regeneração é feita.
Quando se devem substituir os filtros de partículas?
Mesmo não estando bloqueados os filtros durante o seu ciclo de vida, vão acumulando nas paredes dos canais algum óleo proveniente do motor, cinzas resultantes da combustão das partículas e outros resíduos do motor. A partir dos 100 000 a 160 000 km deve-se proceder a sua substituição após verificação.
Que cuidados deve ter um profissional ao fazer um diagnóstico a um filtro de partículas?
Antes da substituição do filtro ou limpeza deve verificar o funcionamento do seguinte:
- Sensores de pressão do filtro
- Válvula EGR
- Tipo de óleo
- Funcionamento do Turbo
- Sondas de temperatura
- Sondas de oxigénio
- Catalisador partido ou obstruído
- Injectores de combustível
- Incorrecto nível de aditivo (quando aplicável)
- Outros sensores que possam ter posto o motor em modo de segurança