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Como funciona um FAP/DPF (filtro de partículas)

Filtro de partículas diesel

Um filtro de partículas diesel, às vezes chamado de DPF ou FAP, é um dispositivo acoplado no sistema de escape e é concebido para eliminar as partículas de fuligem dos gases de escape de um motor diesel.

É um dispositivo recente, o seu uso passou a ser obrigatório a partir de Janeiro de 2010 para cumprir as normas antipoluição Euro V, (embora seja já usado por alguns construtores, principalmente grupo PSA, desde o ano 2000).

E como todas as novas tecnologias que são lançadas no mercado, não é uma tecnologia sem problemas.

Há também um grande desconhecimento de como funciona, já que há diferentes formas de funcionamento num filtro de partículas que variam consoante o fabricante automóvel, o que torna ainda mais confuso diagnosticar e aconselhar sobre o correto procedimento quando surgem as avarias com os filtros de partículas.

Os percursos urbanos frequentes ou o uso pouco frequente dos carros, faz com que os filtros não atinjam a temperatura ideal para regenerar as partículas que ficam presas no filtro, o que vai originar com que o carro vá perdendo rendimento e aumentando o consumo de combustível, até que a luz de avaria acenda no painel de instrumentos, a informar que algo está mal com o filtro de partículas.

Vamos então de uma forma resumida explicar o que são filtros de partículas e o seu funcionamento.

Como funciona o filtro de partículas?

Ao contrario de um catalisador em que os gases passam por canais abertos nos monólitos cerâmicos ou metálicos, no filtro de partículas, isso não acontece, já que a finalidade destes filtros é prender a fuligem e a seguir eliminá-la, por um processo de regeneração. Consegue-se eliminar até 85% da fuligem e nalgumas situações de condução quase 100%.

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Nos filtros de partículas normalmente feitos por processos de extrusão que usam a cordierite ou o carboneto de silício para obter o formato oval ou redondo, os gases não passam livremente através dos canais, mas sim através das paredes cerâmicas, que são porosas, ficando apenas as partículas de fuligem retidas nos canais. De esta forma apenas gases sem partículas passam para o exterior.

Como qualquer filtro que retêm impurezas, estes dispositivos também precisam de ser limpos regularmente de forma a poderem manter a sua função.
A forma de fazer esta regeneração do filtro, varia consoante a tecnologia usada pelos fabricantes automóveis.

Regeneração passiva

A regeneração passiva é feita em trajetos em autoestrada ou percursos longos em que a temperatura dos gases de escape atinge valores elevados e assim consegue queimar as partículas que ficam retidas nos canais do filtro.

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A maior parte dos filtros de partículas, está integrado com um catalisador e normalmente está posicionado perto do motor e para beneficiar das temperaturas mais elevadas e por isso mais eficientes na regeneração do filtro. Para além disso os filtros da nova geração são revestidos por uma camada de platina nos canais de forma a que os gases ao passarem através das paredes porosas do filtro aumentem a temperatura no filtro e as partículas possam ser queimadas e assim limpar o filtro.

Como as condições de condução não sempre estas há que acrescentar outras formas de regeneração.

Regeneração ativa

Existem vários métodos de regeneração ativa, o mais clássico é baseado na combustão da fuligem, através do aumento da temperatura dos gases de escape à entrada do filtro. Vários sensores medem a pressão antes e depois do filtro e enviam essa informação para a CPU do carro que por sua vez controla outros sensores que vão controlar a quantidade exata de combustível injetada e o tempo de injeção.

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Este é o pós-injeção, que ajuda a regenerar o filtro, que assim envia uma grande quantidade gasóleo não queimado na linha de escape para elevar significativamente a temperatura do gás e iniciar o processo de regeneração do filtro de partículas. Este é um processo automático que o condutor não dá por ele.

Alguns modelos de filtros, incluindo os do grupo PSA requerem a adição de um aditivo de combustível para diminuir a temperatura de combustão de fuligem contida no filtro, de forma a facilitar a regeneração. Normalmente são filtros de partículas que ficam posicionados mais longe do motor e por isso a sua temperatura de funcionamento é menor, daí o uso destes aditivos que baixam o ponto de ignição das partículas em 150º C e assim favorecem a sua rápida combustão.

Prós e contras deste sistema

Sem dúvida que a principal vantagem deste sistema é a possibilidade de reduzir significativamente a quantidade de fuligem emitida para atmosfera.

O facto de ser uma nova tecnologia, faz com que alguns problemas de funcionamento estejam agora a ser detetados.

Nos trajetos de para/arranca o processo de regeneração pode não ficar completo e provavelmente a luz de aviso do filtro de partículas acender-se á indicando que o filtro de partículas está parcialmente bloqueado. Poderá iniciar-se um processo de regeneração sendo necessário que se conduza por mais ou menos 10 minutos, a velocidades superiores a 70 km.

Se ignorar o aviso e continuar a fazer trajetos curtos, outras luzes poderão acender-se indicando outro tipo de avarias. Se isto acontecer o carro terá que ir para oficina para ser feita a regeneração. Em muitos casos este tipo de regeneração já não é possível quando o nível de partículas existentes no filtro é elevado e carro tenha entrado em modo de segurança. Também o risco de incêndio é real, pois o sistema de escape vai ter que gerar temperaturas a rondar os 600º para poder efetuar a queima da fuligem. Cuidado portanto onde e quando esta regeneração é feita.

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Se continuar a conduzir o filtro vai ficar bloqueado e provavelmente vai ter comprar um novo filtro ou então recorrer ao nosso serviço de limpeza.

Estas situações de filtro bloqueado ou parcialmente bloqueado causam contra pressão elevada no sistema de escape e também um aumento de consumo.

Aconselha-se sempre a ler o manual de instruções do seu carro para verificar quais os procedimentos corretos a adotar para não danificar o filtro de partículas antes do tempo.

Substituição do filtro de partículas

Os filtros normalmente são substituídos entre os 80.000 km e os 200.000 km conforme o veiculo ou quando se deteta que o filtro de partículas já não se consegue regenerar, ou por alguma situação no motor ou sensores que tenha danificado irremediavelmente o filtro.

A evitar

Alterações as centralinas, reprogramações e o uso de carro frequentemente em trajetos curtos.

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